O cenário do trânsito em Campo Grande (MS) mudou desde o desligamento dos radares, medida que impacta motoristas, pedestres e autoridades. O motivo dessa interrupção está ligado à troca dos antigos equipamentos por uma nova tecnologia de fiscalização.
Muitos se perguntam quanto tempo permanecerão sem os sistemas eletrônicos de monitoramento e como isso pode afetar o dia a dia nas vias urbanas. As respostas envolvem contratos, decisões judiciais e a busca por eficiência na segurança viária. Entenda os fatores que motivaram a pausa e saiba o que está por vir para quem circula pela cidade.
Motivo da suspensão dos radares em Campo Grande
A suspensão dos radares aconteceu após o encerramento do contrato entre a Prefeitura de Campo Grande e o consórcio responsável, que operava os equipamentos desde 2018. Após seis prorrogações, o serviço foi interrompido porque não houve renovação contratual ou novo acordo provisório, situação que exigiu a retirada dos aparelhos das ruas.
Durante esse vácuo contratual, denúncias na Câmara Municipal chamaram a atenção para a legalidade da aplicação de multas eletrônicas nesse período. Isso levou à interrupção da fiscalização eletrônica formal até que um novo processo licitatório fosse concluído.
Quando os novos equipamentos de fiscalização entram em funcionamento?
Segundo a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), a substituição dos equipamentos deve ocorrer ao longo de setembro de 2025, com o objetivo de finalizar a instalação em cerca de 30 dias. A partir desse prazo, novos pontos também serão incluídos no sistema de monitoramento. Durante o processo, testes já vêm sendo realizados em vias de grande circulação, como as avenidas Afonso Pena, Júlio de Castilho, Duque de Caxias e Gury Marques.
O novo contrato, firmado com a Serget Mobilidade Viária Ltda., prevê a implementação de soluções modernas de fiscalização, leitura de placas, videomonitoramento e tecnologia para controle de ruídos urbanos, buscando ampliar a segurança viária e a eficiência operacional.
Impactos imediatos da ausência da fiscalização eletrônica
Sem a presença dos equipamentos, há uma percepção de maior liberdade por parte dos condutores, o que pode resultar em aumento de infrações como excesso de velocidade e avanço de sinal. Dados nacionais sugerem que a fiscalização eletrônica contribui diretamente para a redução de acidentes. Durante o intervalo sem monitoramento, cresce a responsabilidade da fiscalização de trânsito por agentes humanos, o que pode não garantir a mesma abrangência dos sistemas automáticos.
Apesar disso, é importante destacar que este é um processo temporário. O monitoramento manual segue ativo enquanto os novos sensores não entram em operação.
Como ficam as multas eletrônicas durante a suspensão?
A partir do vencimento do contrato anterior, a emissão de multas eletrônicas por radares foi interrompida. Houve questionamentos na Justiça quanto à validade das infrações registradas após essa data, já que a legislação federal exige contrato vigente para validade dos autos. Assim, motoristas flagrados nesse período tendem a não serem penalizados pelos equipamentos desligados.
Vale lembrar que, após o início da operação dos novos sistemas de fiscalização, a emissão das multas volta normalmente, inclusive com ferramentas mais modernas para captação de irregularidades.
A tecnologia dos radares em 2025
Com a licitação de R$ 50,2 milhões, o município espera contar com sistemas avançados em 2025. As novidades incluem equipamentos capazes de identificar placas, controlar ruídos, monitorar o fluxo em tempo real e fornecer inteligência de dados à central de monitoramento.
Além do objetivo de coibir infrações, esses dispositivos devem aprimorar o planejamento urbano, facilitando decisões sobre mobilidade e segurança. O contrato também prevê manutenção contínua, o que corrige um dos principais gargalos dos antigos contratos: a defasagem tecnológica.
O que muda para motoristas e pedestres?
Durante o período sem fiscalização eletrônica, a atenção deve ser redobrada, pois muitos motoristas podem abusar da ausência de penalidades automáticas. O risco de acidentes e incidentes tende a aumentar em vias movimentadas, especialmente nas regiões onde havia equipamentos ativos.
Com a volta dos radares, espera-se a retomada da regularidade na condução, tendo impacto positivo não só para quem trafega, mas também para pedestres e ciclistas, que dependem da disciplina no trânsito para garantir a segurança.
Fiscalização de trânsito: agentes reforçam atuação provisória
Enquanto a infraestrutura eletrônica não retorna completamente, a atuação de agentes de trânsito é intensificada em pontos estratégicos. Treinamentos e novas estratégias estão sendo adotados para compensar a ausência dos equipamentos automáticos, mostrando o empenho das autoridades na preservação da ordem nas vias públicas.
Perguntas Frequentes
Por que os radares foram retirados de Campo Grande?
O desligamento ocorreu após o fim do contrato da prefeitura com a empresa responsável, exigindo nova licitação e troca dos equipamentos.
Quanto tempo Campo Grande ficará sem radares nas ruas?
A previsão é que a troca termine até o fim de setembro de 2025, com instalação dos novos sistemas em 30 dias.
Durante a suspensão dos radares, as multas eletrônicas continuam a ser aplicadas?
Não, multas por equipamentos desligados não são emitidas, conforme determinações legais atuais.
Qual empresa assumirá o novo sistema de fiscalização?
A Serget Mobilidade Viária Ltda. será a responsável pela implantação, monitoramento e manutenção dos novos equipamentos.
Os novos equipamentos ampliarão a fiscalização em 2025?
Sim, a nova tecnologia permitirá a leitura de placas, controle de ruídos e monitoramento inteligente das vias.