A legislação brasileira receberá alterações significativas que afetam diretamente quem utiliza motos, triciclos e ciclomotores. A partir de 1º de janeiro de 2026, a circulação desses veículos nas ruas e ciclovias passará a seguir regras específicas, promovendo alterações com potencial impacto no cotidiano de milhões de pessoas.
Essas mudanças buscam organizar o trânsito, aumentar a segurança de motociclistas e pedestres, e responder ao crescimento do número de ciclomotores, especialmente em grandes cidades como Rio de Janeiro e São Paulo.
Principais mudanças previstas para motos, triciclos e ciclomotores
A nova legislação trará um conjunto de regras para quem possui motos, triciclos e ciclomotores. Um dos pontos centrais será a obrigatoriedade de uso de capacete, placa e habilitação para todos os condutores desses veículos. Essa atualização está diretamente ligada ao aumento dos acidentes envolvendo ciclomotores, além do crescimento significativo de sua frota, principalmente nos últimos anos.
Obrigatoriedade da habilitação
Todos os condutores precisarão apresentar habilitação adequada. Para motos, será necessária a categoria A; já para ciclomotores, será obrigatória a ACC (Autorização para Conduzir Ciclomotor), procedimento mais simplificado, mas ainda necessário para regularização. Isso representa mudança importante para quem utilizava esses veículos sem documentação até então.
Placa e registro dos veículos
Outra exigência será o registro e emplacamento de todos os ciclomotores. O objetivo é facilitar a fiscalização, responsabilizando condutores e aumentando o controle nas vias públicas. Veículos sem placa ou registro poderão ser apreendidos, além de seus proprietários receberem multas conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro.
Circulação restrita em ciclovias e ciclofaixas
As ciclovias e ciclofaixas passarão a ser de uso exclusivo para bicicletas. Motos, triciclos e ciclomotores ficarão proibidos, conforme atualização no texto legal, tornando mais clara a diferenciação entre os veículos autorizados a trafegar nesses espaços e reforçando a segurança de ciclistas e pedestres.
Crescimento do uso e desafios nas grandes cidades
Nos primeiros oito meses de 2025, as vendas de ciclomotores elétricos subiram 32% em todo o país, com destaque para São Paulo, onde o aumento atingiu 72%. Esse crescimento tornou urgente a atualização das regras, já que muitos condutores desconheciam ou ignoravam a necessidade de habilitação e emplacamento.
O cenário urbano das cidades brasileiras mudou, trazendo consigo dúvidas e inseguranças jurídicas. Houve grande divulgação alegando que alguns veículos elétricos não precisariam ser registrados ou dirigidos com habilitação, o que foi esclarecido pela Resolução 996 do Contran, detalhando o prazo para regularização até o fim de 2025. A lei busca corrigir desinformações, oferecendo tempo para que todos se ajustem.

Exceções: o que não muda para certos veículos?
As alterações previstas pela nova legislação não atingem todas as categorias de veículos leves. Por exemplo, bicicletas elétricas sem aceleradores, patinetes elétricos, hoverboards, monociclos e outros veículos considerados automotores autopropelidos — com velocidade máxima de 32 km/h — continuam seguindo regras já estabelecidas, sem novas exigências a partir de 2026.
Ainda assim, é recomendável aos condutores desses modelos acompanharem eventuais revisões e atualizações das normas, pois a legislação de trânsito pode ser adaptada conforme o surgimento de novos meios de transporte ou aumento do uso desses veículos em ambientes urbanos.
Fiscalização e penalidades mais rigorosas
Com a nova legislação, a fiscalização receberá reforço. Órgãos competentes terão mais facilidade em identificar e punir motoristas irregulares, principalmente graças à obrigatoriedade do emplacamento. O condutor flagrado sem o registro do veículo ou sem habilitação ficará sujeito à multa e apreensão do ciclomotor.
A maior presença de fiscalização também visa reduzir a quantidade de acidentes graves em ciclovias e vias urbanas, já que muitos incidentes recentes ocorreram devido ao desrespeito às normas básicas de circulação. Assim, espera-se maior conscientização por parte dos condutores e redução nos índices de ocorrências envolvendo esses veículos.
Como regularizar motos, triciclos e ciclomotores até 2026?
Para evitar problemas, é recomendável seguir o passo a passo para regularização dos veículos. O primeiro passo é obter a habilitação necessária, seja ACC ou categoria A, realizando os exames e procedimentos no Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Em seguida, o proprietário deve realizar o registro e emplacamento do veículo no órgão estadual, levando a documentação solicitada.
Após regularização, condutores estarão autorizados a circular pelas vias públicas brasileiras, respeitando a sinalização, o uso obrigatório de capacete e as restrições impostas em espaços exclusivos para bicicletas. A atenção aos prazos e exigências evita transtornos e protege todos que compartilham as vias urbanas.
Perguntas Frequentes
Quem precisa regularizar o ciclomotor até 2026?
Todos os condutores de ciclomotores, elétricos ou a combustão, com velocidade máxima de até 50 km/h.
A nova lei exige habilitação específica?
Sim, categoria A para motos ou ACC para ciclomotores.
É necessário emplacar motos e ciclomotores?
Sim, o registro e emplacamento passam a ser obrigatórios.
Patinetes elétricos também terão mudanças nas regras?
Não. Patinetes, hoverboards e monociclos mantêm a legislação atual.
O que acontece se eu não regularizar meu veículo?
Pode ocorrer multa, apreensão do veículo e restrição à circulação.














