Ter um pet em casa é ter um membro da família. Mas será que ele recebe o cuidado que merece na hora de viajar de carro? Já pensou como o jeito de levar o pet no carro pode afetar o conforto dele e a segurança de todo mundo no veículo?
É fácil imaginar aquele cachorro com a cabeça para fora da janela ou o gato andando solto no banco de trás, não é? Mas você já parou para pensar no risco disso? Embora pareça inofensivo, esse tipo de situação pode ser mais arriscada do que se imagina. O que muitos ainda ignoram é que transportar um animal sem os devidos cuidados pode causar acidentes, gerar multas e, principalmente, colocar vidas em perigo.
Um risco que vai além das multas
A legislação brasileira pode até não trazer regras muito detalhadas sobre pets no trânsito, mas ela é clara quando fala sobre o que pode comprometer a segurança ao volante. O artigo 235 do Código de Trânsito proíbe qualquer transporte que coloque em risco o condutor ou os passageiros e isso vale também para os animais.
Já imaginou o que pode acontecer se o cachorro pular no colo do motorista ou o gato se esconder nos pedais durante a viagem? É assustador, não é? Multas que variam entre R$130 e R$195 são um alerta, mas os danos podem ser muito maiores.
E o bem-estar do animal
Além dos perigos no trânsito, há também os impactos para o próprio animal. Viagens desconfortáveis ou mal planejadas podem causar desde enjoo até crises de ansiedade. Cães e gatos, por exemplo, são bastante sensíveis a mudanças de ambiente. Um trajeto curto pode se transformar em um momento de estresse intenso se o transporte não for feito de forma adequada.
Como será que o pet se sente nas viagens? Fica tranquilo ou mostra sinais de medo? Prestar atenção nisso ajuda a garantir uma viagem mais segura e confortável para ele.
Antes de sair de casa: como preparar o pet
Acostumar o pet desde cedo com a caixa de transporte ou o cinto de segurança faz toda a diferença para que ele fique mais tranquilo na hora da viagem. E isso pode e deve ser ensinado desde cedo.
Caixa de transporte: O ideal é que o pet enxergue esse espaço como um refúgio. Deixar a caixa acessível em casa, com cobertores e brinquedos, ajuda a criar essa associação positiva. Pequenas voltas de carro também podem ser feitas gradualmente, para que ele se acostume.
Cinto de segurança para pets: Muitos cães se adaptam bem a esse sistema. Ele funciona com um arnês preso ao cinto do carro, limitando os movimentos, mas sem incomodar. A introdução também deve ser feita aos poucos, com paciência e reforços positivos.
Durante o trajeto: sinais que merecem atenção
Assim como as pessoas, os animais também demonstram desconforto basta saber observar. Choramingos, respiração ofegante, tremores ou tentativas de sair da caixa podem indicar estresse. O pet está inquieto? Será que está com sede ou precisa de uma pausa? Pequenos cuidados ao longo do caminho podem fazer toda a diferença.
Como tornar a viagem mais tranquila?
Algumas atitudes simples ajudam a tornar o percurso mais confortável tanto para o animal quanto para o motorista:
- Planejar o trajeto: Optar por caminhos mais calmos e evitar horários de muito trânsito ajuda a reduzir o tempo de viagem e o estresse.
- Paradas estratégicas: Em percursos mais longos, vale parar a cada duas horas para que o animal se alongue, beba água e se alivie.
- Temperatura do carro: O ambiente deve estar agradável. Calor ou frio excessivo pode causar mal-estar. O pet está ofegante? Talvez o ar não esteja tão fresco quanto parece.
- Alimentação leve: Evitar refeições antes da viagem ajuda a prevenir enjoos. Já a água pode e deve ser oferecida com frequência.
Transporte de animais de grande porte
Quando se trata de animais como bois ou cavalos, os cuidados precisam ser ainda mais específicos. Estruturas apropriadas, como pisos que evitem escorregões e compartimentos seguros, são indispensáveis. Também é importante lembrar que a responsabilidade por esse tipo de transporte não recai apenas sobre o motorista, mas também sobre o dono do veículo e o tutor dos animais. Está tudo conforme as exigências legais? Vale sempre conferir.
Maio Amarelo e a atenção que vai além das pessoas
Durante o Maio Amarelo, o foco na segurança no trânsito ganha ainda mais força. Mas e os pets, entram nessa conversa? A resposta é sim. Afinal, cuidar deles no trânsito também é um ato de responsabilidade e respeito à vida. Campanhas de conscientização ajudam a lembrar que o transporte seguro vai muito além das pessoas.
O que mais pode ser feito para garantir que o pet esteja viajando bem? Será que compartilhar essas informações com outras pessoas pode ajudar a evitar acidentes?
Por fim, vale refletir
Transportar um animal com cuidado não é um detalhe, mas um compromisso com a segurança e o respeito à vida tanto do pet quanto de quem divide a estrada.
Há espaço para melhorar a forma como os animais estão sendo transportados no dia a dia? Pequenas mudanças podem evitar grandes problemas. E talvez a próxima viagem do pet possa ser bem mais tranquila.