Taxistas de todo o Brasil receberam uma excelente notícia nesta segunda-feira, 14 de julho de 2025. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma Medida Provisória que elimina a cobrança de R$52 para a verificação dos taxímetros, beneficiando aproximadamente 300 mil profissionais em todo o país.
A medida, que já está em vigor, promete gerar uma economia anual de R$ 9 milhões para a categoria, além de reduzir significativamente a burocracia que envolvia o processo de aferição dos equipamentos.
Para os motoristas que enfrentam diariamente os desafios de uma profissão cada vez mais competitiva, especialmente com o avanço dos aplicativos de transporte, essa decisão pode representar um alívio financeiro importante e o reconhecimento do governo federal sobre a importância do serviço prestado pelos taxistas brasileiros.
O que muda com o fim da taxa do taxímetro
A Medida Provisória assinada pelo presidente traz mudanças significativas para os taxistas. A principal delas é a extinção completa da taxa de R$52 que era cobrada tanto na aquisição inicial do equipamento quanto nas verificações periódicas obrigatórias.
Além disso, o intervalo entre as verificações foi ampliado: o que antes era uma obrigação anual agora passa a ser bienal, ou seja, a cada dois anos. Essa mudança foi baseada em estudos técnicos realizados pelo Inmetro que demonstraram índices mínimos de problemas nos aparelhos, justificando a redução na frequência das aferições.
Economia direta no bolso do trabalhador
Para entender melhor o impacto financeiro, veja aos números:
- Taxa eliminada: R$52 por verificação
- Economia individual: R$52 por ano (considerando a nova periodicidade bienal)
- Economia total estimada: R$9 milhões anuais para toda a categoria
- Beneficiados: aproximadamente 300 mil taxistas em todo o Brasil
Como funcionava a taxa antes da mudança
Antes da assinatura da Medida Provisória, os taxistas enfrentavam uma rotina burocrática e custosa. De acordo com a Lei nº 12.468/2011, o uso de taxímetros é obrigatório em municípios com mais de 50 mil habitantes, e a verificação metrológica era uma exigência legal realizada pelo Inmetro.
Obrigações anteriores dos taxistas:
- Verificação inicial na compra do equipamento (paga pelo fabricante ou importador)
- Verificações anuais obrigatórias (pagas pelo proprietário do veículo)
- Taxa de R$52 em cada verificação
- Necessidade de verificação em casos de manutenção ou reajuste de tarifa
Essa estrutura representava não apenas um custo financeiro, mas também tempo perdido e burocracia adicional para profissionais que já enfrentam longas jornadas de trabalho.
Impactos econômicos e sociais da medida
A eliminação da taxa vai além da economia financeira direta. A medida tem impactos múltiplos que beneficiam tanto os taxistas quanto o setor como um todo.
Para os taxistas
Com a concorrência dos aplicativos de transporte e custos operacionais crescentes, a economia de R$52 anuais pode parecer modesta individualmente, mas pode representar:
- Redução de custos fixos operacionais
- Menos burocracia e tempo gasto com verificações
- Maior previsibilidade financeira com verificações bienais
- Reconhecimento da importância do serviço público prestado
Para o setor de fabricação
Os fabricantes de taxímetros também são beneficiados, pois a medida:
- Elimina a taxa de verificação inicial dos equipamentos novos
- Simplifica o processo de entrada de novos produtos no mercado
- Estimula a inovação tecnológica no setor
- Reduz custos de produção e comercialização
O processo de implementação da nova regra
A Medida Provisória tem validade imediata, o que significa que os taxistas já estão isentos da taxa desde o momento da assinatura. No entanto, para se tornar definitiva, a MP precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional em até 120 dias.
Durante a cerimônia de assinatura, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, destacou a importância da mobilização para aprovação definitiva: “Nós vamos precisar do esforço de todos para que essa medida provisória se torne lei. Ela já tem os seus efeitos agora, mas por um período.”
Próximos passos no Congresso
- Análise pela Comissão Mista de deputados e senadores
- Votação no plenário da Câmara dos Deputados
- Votação no plenário do Senado Federal
- Conversão em lei definitiva (se aprovada)
Tecnologia e modernização do setor
O presidente do Inmetro, Márcio André Brito, ressaltou que a decisão foi viabilizada graças aos avanços tecnológicos: “Graças à implementação de medidas com tecnologia, digitalização e gestão, foi possível fazer essa medida sem prejudicar a confiabilidade e a garantia da medição dos taxímetros”.
Outras reduções implementadas pelo Inmetro
O instituto tem trabalhado sistematicamente na redução de custos para diversos setores:
- 15% de redução nas taxas de mais de 4 mil empresas acreditadas
- 56% de redução nas taxas de tacógrafos (em 2023)
- Foco em desburocratização e modernização dos processos
Essas mudanças fazem parte de uma política mais ampla de simplificação e redução de custos para o setor produtivo brasileiro, conforme orientação do governo federal.
Comparação com outras categorias profissionais
A situação dos taxistas pode ser comparada com outras categorias que também passaram por processos de desburocratização. Em 2023, por exemplo, proprietários de vans, ônibus e caminhões tiveram uma redução de 56% nas taxas de tacógrafo, demonstrando uma tendência do governo em aliviar os custos operacionais do setor de transportes.
Benefícios em perspectiva
Ao comparar com outras medidas de desburocratização:
- Taxistas: eliminação total da taxa federal (100% de redução)
- Transportadores (tacógrafo): redução de 56%
- Empresas acreditadas: redução de 15%
Os taxistas foram, portanto, os mais beneficiados neste processo de simplificação tributária.
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O fim da última taxa federal para taxistas
Um aspecto histórico importante desta medida é que ela representa o fim da última taxa federal cobrada dos taxistas. Como celebrou a ministra Gleisi Hoffmann: “Essa era a última taxa federal que ainda existia, que os taxistas pagavam. Agora, nós não temos mais nenhuma taxa federal sobre os taxistas”.
Evolução das políticas para o setor
Nos últimos anos, diversas medidas foram implementadas para apoiar os taxistas:
- Programas de renovação de frota
- Linhas de crédito especiais
- Regulamentação da profissão
- E agora, a eliminação total de taxas federais
Essa evolução demonstra um reconhecimento crescente da importância do serviço de táxi como transporte público essencial nas cidades brasileiras.
Desafios que permanecem para a categoria
Apesar da vitória representada pela eliminação da taxa, os taxistas ainda enfrentam diversos desafios:
Concorrência com aplicativos
A competição com plataformas digitais de transporte continua sendo o principal desafio, com:
- Diferenças regulatórias entre táxis e apps
- Necessidade de modernização tecnológica
- Pressão sobre as tarifas praticadas
Custos operacionais
Outros custos continuam impactando a rentabilidade:
- Combustível
- Manutenção veicular
- Seguros e documentação
- Taxas municipais e estaduais (onde aplicável)
Perspectivas futuras para o setor
Com a eliminação da taxa federal, abrem-se novas possibilidades para o desenvolvimento do setor de táxis no Brasil:
Modernização tecnológica
- Desenvolvimento de novos modelos de taxímetros
- Integração com sistemas digitais de pagamento
- Aplicativos próprios para chamadas e corridas
Fortalecimento da categoria
- Maior organização sindical
- Busca por novas reduções de custos
- Melhoria na qualidade do serviço
Sustentabilidade
- Incentivos para veículos elétricos ou híbridos
- Programas de eficiência energética
- Redução do impacto ambiental
A estimativa do governo é de uma economia total de R$ 9 milhões por ano, beneficiando cerca de 300 mil taxistas em todo o Brasil.
Dúvidas Frequentes
Quando a isenção da taxa começa a valer?
A isenção já está em vigor desde o momento da assinatura da Medida Provisória, em 14 de julho de 2025. Os taxistas não precisam mais pagar a taxa de R$ 52 nas verificações.
Preciso fazer algum cadastro para ter direito à isenção?
Não. A isenção é automática e vale para todos os taxistas do país. Não há necessidade de cadastro ou solicitação especial.
A verificação do taxímetro continua obrigatória?
Sim, a verificação continua sendo obrigatória por lei, mas agora será realizada a cada dois anos, e não mais anualmente. A mudança é apenas na periodicidade e na eliminação da taxa.
O que acontece se a MP não for aprovada pelo Congresso?
Se a Medida Provisória não for aprovada em até 120 dias, ela perde a validade e a cobrança da taxa volta a ser exigida. Por isso, há mobilização para garantir a aprovação.
A medida vale para todas as cidades do Brasil?
Sim, a isenção vale para todos os taxistas do país, independentemente do município onde atuam, desde que utilizem taxímetro (obrigatório em cidades com mais de 50 mil habitantes).
Os fabricantes de taxímetros também são beneficiados?
Sim. Os fabricantes não precisarão mais pagar a taxa de verificação inicial dos equipamentos novos, o que deve reduzir custos e estimular inovação no setor.
Existem outras taxas federais para taxistas?
Não. Conforme declarado pela ministra Gleisi Hoffmann, esta era a última taxa federal cobrada dos taxistas. Agora não há mais nenhuma cobrança federal sobre a categoria.
Qual o valor total da economia para a categoria?
A estimativa do governo é de uma economia total de R$ 9 milhões por ano, beneficiando cerca de 300 mil taxistas em todo o Brasil.