É noite. Um motorista segue tranquilamente por uma avenida movimentada, até ser parado em uma blitz. Faróis, lanternas e o colete refletivo dos agentes chamam atenção. Ele escuta a pergunta que divide opiniões e causa dúvidas: O agente faz a pergunta que pega muitos de surpresa: ‘Pode soprar o bafômetro?’ E aí, o que fazer? Recusar ou aceitar? Esse momento deixa qualquer um em dúvida.
Essa é uma cena comum no trânsito brasileiro. E entender o que está por trás dessa recusa pode evitar complicações maiores. Mas será que todo mundo sabe o que realmente acontece quando se recusa o teste? Quais são os direitos nessa hora? E como essa escolha pode afetar a vida do motorista?
O que diz a legislação?
A chamada Lei Seca, criada em 2008 (Lei nº 11.705), chegou com o objetivo de reduzir os acidentes causados pela combinação de álcool e direção. Com regras mais rígidas, a legislação trouxe limites específicos e punições pesadas para quem dirige sob efeito de bebida alcoólica.
Mas será que o motorista está ciente de tudo o que está em jogo ao tomar essa decisão na hora da abordagem?
Por que o bafômetro é tão importante?
O bafômetro, como a maioria das pessoas conhece, é aquele aparelho usado pra medir se há álcool no ar que a gente solta ao respirar. O teste é simples, rápido e, na maioria das vezes, decisivo para confirmar se há sinais de embriaguez.
- Como funciona?
Basta soprar no aparelho para que ele avalie o nível de álcool presente no organismo. O resultado aparece imediatamente, comparando o valor com o que a lei permite.
E se o motorista recusar o teste?
O bafômetro, como a maioria das pessoas conhece, é aquele aparelho usado pra medir se há álcool no ar que a gente solta ao respirar. Pelo contrário, pode trazer consequências tão sérias quanto as de quem é flagrado dirigindo sob influência de álcool.
- Multa pesada
Quem se nega a fazer o teste pode ser multado em mais de R$ 2.900. - Suspensão da habilitação
A carteira de motorista pode ser suspensa por até dois anos. - Registro de infração grave
Essa negativa é registrada como infração gravíssima e pesa diretamente no histórico do condutor.
Já parou para pensar se vale a pena assumir esse risco?
E os direitos do motorista? Eles existem?
Durante uma blitz, mesmo em uma situação tensa, o condutor continua tendo garantias legais.
- Transparência no procedimento
O agente precisa explicar o que está sendo feito e quais os próximos passos. - Recusa permitida, mas com consequências
Sim, o motorista pode se negar, mas é importante que ele entenda os impactos dessa escolha. - Direito a um advogado
Caso se sinta inseguro, pode solicitar acompanhamento jurídico.
Esses direitos são conhecidos por grande parte das pessoas? Ou será que muitos motoristas se surpreendem por não saberem disso?
O que acontece se o teste for recusado?
E se o motorista decide não soprar o bafômetro? Mesmo assim, o agente tem outros jeitos de avaliar se a pessoa está ou não sob efeito de álcool.
- Testes físicos
Pedir que o motorista caminhe em linha reta, mantenha o equilíbrio ou realize outros movimentos que ajudem na avaliação. - Avaliação médica
Em alguns casos, um exame clínico pode ser solicitado, com base nos comportamentos observados.
Prevenção começa antes de pegar o volante
Campanhas de conscientização, alertas em redes sociais e ações educativas têm o poder de transformar comportamentos. Mas será que essas mensagens têm sido suficientes? Ou ainda há uma cultura de “só uma taça não faz mal”?
A verdade é que quanto mais informação circular, menores são as chances de alguém colocar a própria vida e a de outros em risco.
Responsabilidade ou arrependimento?
Recusar o teste pode parecer, num primeiro momento, uma saída mais segura. No entanto, é uma decisão que traz efeitos duradouros. O que parece uma escolha estratégica pode, na prática, complicar ainda mais a situação.
Então, o que motiva essa decisão? Falta de informação, medo ou simples tentativa de evitar punições?
A resposta pode variar. Mas o que não muda é o impacto que essa escolha pode ter na vida do motorista e de todos à sua volta.
E agora?
Ao final de uma blitz, o que fica é mais do que o resultado do bafômetro é a reflexão sobre atitudes e consequências. Evitar dirigir após beber continua sendo a decisão mais responsável. E, talvez, a mais humana também.
Que outros caminhos podem ser criados para reforçar essa mensagem? Como garantir que escolhas conscientes se tornem mais frequentes no trânsito brasileiro?